quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Ano de Luz

Eis o fim do Ano. Quantas coisas aconteceram. Muitas, boas e ruins. Algumas deixaram marcas, outras supérfluas. Para muitos, ano de prosperidade. Para outros, mesmo que indevidamente, de escassez. Nesse fim de ano, novamente desejaremos a muitos os votos de um novo ano próspero. Mas eu quero desejar para todos, um ANO DE LUZ

Próspero, falar sobre aquilo que vai bem, que se desenvolve bem, favorece, ajuda, que se tem bom êxito, que por sua vez significa resultado ou saída (como no inglês, exit=saída). Apesar de sempre pensarmos em prosperidade mais a titulo de entradas do que saídas. (piadinha infame).

Luz é aquilo que torna os objetos visíveis, como nós aprendemos em física e os fotógrafos concordariam. Na bíblia, fala-se sobre o Pai das Luzes, aquele em que não há nenhuma variação e nem sombra. Totalmente iluminado. Aquele que torna todas as coisas visíveis, diante de quem nada pode ser escondido, oculto, em quem não pode haver treva alguma. E somos convidados a permanecer na luz assim com o Pai na luz está, e assim poderemos ter comunhão com Deus e com os outros seres humanos. Honestidade. Luz.

Por que a luz tudo manifesta. Daí eu começo a rever o meu ano que finda. Será que muitas das coisas que não tiveram resultados, êxito, não fora por estar oculto, obscuro, em trevas. Talvez faltasse luz para que eu pudesse enxergar todas as saídas, logo, toda a prosperidade. Ou mesmo, pela falta de luz, pela obscuridade e treva que eu me vejo envolvido, que me impeça de ver completamente conforme a verdadeira realidade daquilo que era. Me impedindo a gratidão, me impendido de crescer e aprender com os erros, falhas, não-resultados e tristezas. E também, às vezes, me impedindo regozijar com aquilo que de êxito houve.

Por isso, eu decidi desejar para minha vida e para todos que me rodeiam, e também a você que me segue aqui no blog, me prestigiando com sua participação e presença, que no próximo ano sejamos todos inundados pela luz, que está em Deus. Que todas as coisas sejam esclarecidas e tornem se visíveis, tanto as boas quanto as ruins. E que vendo todas as coisas como realmente são, possamos mudar, transformar nossa tristeza e alegria. E encontrarmos êxito e satisfação! Que nada passe despercebido por nós. E que lúcidos de toda a realidade, possamos passar por um ano repleto de gratidão. Que seja esse o nosso êxito, a saída, o nosso resultado no final do próximo ano: gratidão!


Por Marco Faria

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Gratidão

A Gratidão

Uma mulher passou anos da vida trabalhando, lavando as roupas de sua família à mão. Já tinha visto outras pessoas usando suas máquinas de lavar, mas ela simplesmente não tinha condições de comprar uma. O marido dela queria lhe dar uma máquina como presente, mas ganhava pouco. Ele começou a poupar dinheiro e, depois de muito sacrifício, conseguiu comprar uma máquina nova que facilitaria muito a vida de sua mulher amada. Foi entregue na casa deles e colocada, com todo cuidado, no lugar preparado. A mulher colocou detergente, encheu a máquina com água e pôs as primeiras roupas para lavar. Quando a máquina começou a girar, ela ficou admirada, olhando para o presente que jamais esperava receber. Agradeceu ao marido dezenas de vezes. Para mostrar a sua gratidão, ela caprichava na cozinha e sempre lavava as roupas do marido antes das dos outros membros da família.

Algumas amigas foram visitá-la. Ela as levou à lavanderia, e sorria o tempo todo enquanto mostrava-lhes a sua nova máquina. Cada amiga ouvia a história do amor do marido dela e do sacrifício que ele fez para lhe dar esse presente tão especial. Ela cuidava bem da máquina, sempre a mantendo limpa e em boas condições para o próximo uso. Cada vez que a usava, ela lembrava da generosidade e sacrifício do seu marido. Ela sentia sincera e profunda gratidão no coração.

Qualquer pessoa educada sabe que deve agradecer quando recebe um presente. A verdadeira gratidão se reflete, também, de outras maneiras. Falamos para outras pessoas; cuidamos bem do presente recebido; procuramos agradar à pessoa que se mostrou generosa para conosco; etc.

A gratidão faz parte da vida do servo de Deus.

E é por isso que sou extremamente grato a Deus por tudo que Ele tem feito por mim...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Saudades dos Mimos da Mamãe!

Hoje acordei saudosista... com uma parte do meu coração no emisfério Norte. Eu sinto saudades dos mimos da Mamãe. Coisa estranha essa tal de saudade. Você não vê, não pega, mas ela está ali. Saudade dói. Dói forte. É como se alguém estivesse apertando o seu coração; estrangulando-o. É uma dor imaterial. Não dá pra fazer curativos. Mas há consistência neste imaterial. Eu sinto saudade dos sonhos. Do cheiro. Do gosto. Das carícias da dona Ceminha. De tudo que poderia ter sido. Não foi. Eu sinto saudade das palavras doces. Do olhar carinhoso. Dos planos loucos. Eu sinto saudade também do que não existiu. Queria tanto que tivesse existido. Mas não houve. Eu sinto saudades dos sonhos ainda não realizados. Ela mora em mim. Um dia para de doer. Ela está começando a ir embora. E eu já sinto saudades. Te amo mãe!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Nas noites escuras...

E tudo começa em mim atravez da história de Moisés...
Em Exôdo capitulo 3, onde Moisés está pastoreando as ovelhas de seu sogro Jetro e decide apascentá-las no outro lado do deserto... E de deserto eu entendo muito bem....
O que sei a respeito do deserto é que nele existe um extremo; durante o dia um calor insuportavel e a noite um frio congelante. Mas naquele momento, imagino eu, que Moisés passa por esse deserto... refletindo-me nessa passagem, por várias vezes me encontrei em momentos de tristeza, de sequidão, de angustia... colhia as pragas que eu mesmo havia semeado. E sempre insistia no erro. Por outro lado o deserto pode representar fulga, e esse foi sempre um meio que eu encontrei para fugir do mundo quando eu mesmo ja não me suportava. E ainda, atraves desse mesmo deserto que representa a sede, o extremo e a solidão... as vezes, o próprio Deus nos permite passar por aquilo para forjar nosso caráter.
Muita coisa tem sido dita sobre deserto espiritual no nosso meio, mesmo assim fica a dúvida sobre o lugar dessa experiência na vida cristã. O deserto é uma exceção na vida com Deus ou algo que todos teremos de passar? Eu passei! Antes de responder esta pergunta, quero olhar o deserto na Bíblia: não foram poucos os personagens bíblicos que passaram pela experiência de Deus no deserto, muitos homens e mulheres, como eu e você, viveram a terrível sensação de ausência ou do silêncio de Deus: Elias viveu a amargura do medo e da frustração no deserto; Moisés passou 40 anos acreditando que nada mais iria acontecer na sua trajetória como libertador; viveu na carne a experiência de se sentir abandonado por Deus; e Jesus, do alto da cruz, deu um brado: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Além desses relatos, na nossa própria caminhada cristã, passamos, muitas vezes, por essa sensação de abandono, perdemos o sabor da vida, o que nos alegrava passa a não alegrar mais, a música, o sermão, a leitura da palavra e a oração, tudo parece sem sentido e estafante. Esses sintomas podem surgir em vários momentos da nossa vida, talvez por causa do cansaço físico e mental, uma doença, o fim de um relacionamento amoroso, estress e tantos outros motivos. Mas o deserto espiritual tem algumas particularidades.

Na solidão do deserto o nosso coração de pedra se transforma em carne, o coração fechado se abre a todos os sofredores num gesto de amor e solidariedade . Mas, olhando, hoje, os inúmeros acontecimentos que me atingiram no deserto, senti-me compelido a fugir dele. Eu vivia como se nenhum mal fosse me atingir, e incorporava palavras de ordem, que dizem: “sou filho do Rei”, “ora que melhora”, e falava com a força dos meus pulmões: “tudo posso naquele que me fortalece”. Nada disso é mentira, no entanto, quando eu me via em apuros, essas frases passaram a não fazer mais sentido e algumas coisas aconteceram: ou eu me sentia abandonado por Deus ou pensava que os meus pecados me afastaram dele. Haha... Isso me faz lembrar de Jó: não foi o seu pecado o responsável pelo seu sofrimento. Mas parece que a experiência do patriarca nos traz ainda mais angústias: não nos sentimos à altura dele e por isso achamos que todo o nosso sofrimento é resultado dos nossos pecados. Eu sempre me perguntava: onde eu errei? O que eu fiz para merecer tamanho castigo? Sentimo-me abandonado. Achava que me perdi de Deus e que já não era mais objeto do seu amor.

Queremos viver somente alegrias, eu era assim, mas não podemos evitar, quando menos esperamos experimentamos uma aridez espiritual e concluímos que o que está nos acontecendo é o que muitos chamam de deserto. Os pais do deserto, os ilustres personagens biblicos, pelo menos, fizeram esta escolha livremente, mas a nós, a mim e a vocçê parece que essa opção não é dada. Para os contemplativos, no entanto, a experiência do deserto deve ser recebida com agrado, do mesmo modo que uma pessoa enferma receberia com bons olhos a noticia de uma cirurgia que promete saúde e bem-estar . Isso não que dizer que nós cristãos devamos ser alguém que sai pelo mundo em busca do desprazer e de desgraças, não é sobre isso que estou falando. O que quero dizer é que na caminhada com Deus vamos experimentar sensações de abandono, dores e fracassos, e isso não tem nada a ver com os nossos pecados. Não foi assim com Ana, Jó, Paulo e tantos outros? Mas, como conciliar o deserto com um conceito de espiritualidade que não tem lugar para dor e o sofrimento? Como conciliar a imagem de uma vida próspera e abençoada com a experiência do silêncio de Deus?

Na minha vida, digamos assim, o deserto tem encontrado seu lugar e sua funcionalidade. Li uns artigos que os primeiros séculos da Era Cristã, muitos homens e mulheres foram literalmente para o deserto em busca de um encontro com Deus através da solidão, do silêncio e da oração.

Antão, Agatão, Macário, Poemem, Teodora, Sara e Sinclética foram líderes espirituais no deserto. “Sem esse deserto, perdemos nossa alma enquanto pregamos o evangelho”. Todos os contemplativos viveram a realidade do Deus Absconditus*, mas foi João da Cruz, monge carmelita do século XVI, quem desenvolveu uma tradição contemplativa sobre a noite escura da alma, ou noite dos sentidos. Quando vires teus desejos apagados, tuas afeições na aridez e angústias, e tuas faculdades incapazes de qualquer exercício interior, não sofras por isso; considera-te feliz por estares assim. É Deus que te vai livrando de ti mesmo, e tirando-te das mãos todas as coisas que possuis.


Na noite dos sentidos, somos convidados a sermos todos de Deus. Nesta vida, o homem não se une a Deus por meio daquilo que entende, goza ou imagina, nem por alguma coisa que os sentidos ofereçam; mas unicamente pela fé.... Somos chamados a experimentar o silêncio de amor, a nos calarmos diante do inefável, e a pormos a atenção amorosamente em Deus, sem ambição de querer sentir ou entender coisa alguma particular a seu respeito. Na noite escura dos sentidos, onde os sonhos são acorrentados em nossos próprios desejos, somos convidados à comunhão da dor de Cristo. De acordo com o teólogo alemão Jürgen Moltmann, no centro da fé cristã está a história da Paixão de Cristo. No centro dessa paixão está a experiência de Cristo abandonado por Deus. Pare ele, ou isso representa a ruína da fé humana no criador, ou o surgimento de uma Fé em Deus que não é possível de ser destruída por nada. Não mais uma fé que dependa de resultados, de sentir calafrios, que dependa da emoção, não mais uma fé que precisa de formulações inquestionáveis, mas uma fé descansada, porque o amor não cansa e nem se cansa. Uma fé que se abandona nas mãos de Deus e se deixa levar por ele. A experiência de Deus no deserto é a experiência do despojamento que nos leva a amar a Deus sobre todas as coisas, mesmo diante da dor e do sofrimento. Por que Deus permite o sofrimento não sabemos, mas, para Multmann, mesmo que soubéssemos isso não nos ajudaria a viver. Se descobrirmos, no entanto, onde está Deus e experimentarmos sua presença no nosso sofrer, encontrar-nos-emos (hummm escrevi bonito agora rs) na fonte de onde brota a vida novamente.

O meu sofrimento e a minha dor não devem ser entendida, neste sentido, como resultado do meu afastamento de Deus, muito pelo contrário, posso me sentir amado mesmo diante da dor e da aflição. Mas é muito difícil perceber o amor de Deus diante do sofrimento e da aridez espiritual, e como! Porque estamos comprometidos com uma falsa ilusão do que seja esse amor por nós. Coisificamos o nosso amor por Deus, só nos sentimos amados quando a nossa vontade é satisfeita. Se as nossas orações não são respondidas, pensamos que Deus não nos ama. Se não nos emocionamos no culto é porque falta unção, dependemos dos resultados para experimentamos Deus. Nesse deserto, estou privado de tudo, dos resultados e da emoção, só restam-me algumas dúvidas, e é aí, que o conceito de Hebreus, começa a fazer sentido em mim, a Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem - Hebreus 11:1 (Pastor Jeder sempre declamava essa passagem pra mim... saudades dele agora) . Na noite escura, ficamos livres da nossa excessiva dependência de resultados interiores e exteriores, lá nada acontece, só Deus basta. Nas noites escuras do meu quarto, tenho aprendido a amar a Deus por ele mesmo, não por aquilo que ele pode fazer ou deixar de fazer por mim... Lá, nada faz sentido, e é no sem sentido que me encontro com a verdadeira paz. Profunda é a luta na noite contemplativa, mas é igualmente muito profunda a paz que eu espero. E, se a dor espiritual é intima e penetrante, o amor que se há de alcançar é também íntimo e puro.

Nesta noite escura, venho me despojando de uma falsa imagem de Deus, o Deus que era o meu provedor, e agora passa ser, também, o meu consolador, o Deus que servia apenas de alívio para as minhas neuroses do cotidiano, passa ser o meu companheiro de amor. Na noite escura, nessa noite escura, tudo muda. Aqui, neste momento, sinto um verdadeiro encontro de amor, onde nada mais é importante. Se for abandonado, amarei assim mesmo, se minhas orações não são respondidas, não deixarei de amar por causa disso. Nesta noite dos sentidos, de sonhos aparentemente frustrados, mesmo sem sentir, sou transformado. O progresso da minha pessoa é maior porque caminho às escuras e sem saber. Aprendemos a amar a Deus como ele deseja ser amado. É amar sem querer possuir o objeto do nosso amor, é amar sem reduzir a Deus a uma idéia ou a uma lâmpada de Aladim. É amar uma pessoa, que misteriosamente é três.

O deserto é uma exceção na vida com Deus ou algo que todos teremos de passar? Penso em respondê-la da seguinte maneira: talvez, nem todos os cristãos passem pelo deserto, mas todos aqueles que passarem irão experimentar a purificação dos sentidos. Para que eu pudesse crescer na contemplação até chegar á união com Deus, fiquei de lado, meus sonhos, planos e desejos em silêncio, todos os meios e exercícios sensíveis das minhas faculdades humana. Só assim pode o Senhor infundir nelas o sobrenatural, pois a capacidade natural não consegue chegar tão alto. Aqui entendo, sinto que só podemos encontrar Deus no silêncio, na solidão e na oração. O nosso objeto de desejo é livre para ir e vir, quando desejar. Não ficamos tão dependentes de sentir a sua presença. Já sabemos onde ele está.

E ele sempre está... sempre!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"Pede-me e te darei as Nações"


Esses dias eu estava pensando o que poderia fazer uma pessoa se apaixonar por missões e comecei a pesquisar algumas passagens na bíblia que falam sobre missões. Em João, 3:16 diz: “Porque todos saibam que a nossa Salvação custou a morte do seu Filho único, Jesus.” E também em Ap.21:1 diz ” Porque devo anunciar que Jesus é Vida e Ressurreição e que um mundo novo é possível.” Outro exemplo e em Lc. 10:20 diz “Porque o nome do missionário estará escrito nos Céus.” E por fim Lc 19:10 diz “E por fim Porque todos saibam que Jesus veio procurar e salvar o que estava perdido.”
Bem essas passagens mostram que nós, como conhecedores do evangelho e do amor de Deus, devemos proclamar e anunciar o seu AMOR e O apresentar a pessoas que não O conhecem, pois a palavra do Senhor foi criada pra ser transmitida e não guardada em nossas mentes e corações. Somos instrumentos vivos do REI. E também para ser missionário deve-se ter coragem de dividir o tempo com os outros. onde quer que seja, levando a paz e pregando o amor de Deus nas mais diferentes culturas. O missionário é aquele que está disposto a ir onde há necessidade de alguém que ofereça seus dons e sua vida ao serviço dos mais necessitados. É um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao encontro do marginalizado – o preferido de Jesus. Exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). O que significa ser missionário para o Reino de Deus? É ser aquele que vive o evangelho 24hs que é louco para ganhar vidas; uma pessoa que sabe o quanto é grande, arrebatador e transformador o poder do amor e da presença do Espírito de Deus na vida de uma pessoa necessitada e desamparada pela sociedade, e assim como alguém teve a capacidade e amor pela nossa vida e nos apresentou aquele que vive, aquele que e o único Deus vivo que nos dá a misericórdia... dia-a-dia vejo a importância do trabalho missionário, das pessoas e organizações que apóiam e abençoam os projetos missionários que restauram vidas, tem poder de mudar o destino das pessoas e são de grande impacto na sociedade em que vivemos. Sem contar no poder de edificação de quem exerce essa função. A missão evangelizadora da Igreja é essencialmente o anúncio do amor, da misericórdia e do perdão de Deus, revelados aos homens através da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, nosso Senhor. É a proclamação da Boa Nova que Deus nos ama e deseja que todos estejamos unidos no seu amor misericordioso. No início do terceiro milênio cristão impõe-se com maior urgência o dever da missão “o número daqueles que ignoram Cristo e não fazem parte da Igreja está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão”. Com estes sentimentos, envio de coração a todos os missionários e missionárias espalhados pelo mundo, a quantos os acompanham com a oração e com a ajuda fraterna que Deus continue a vos abençoar e coloque a todos em lugar de honra junto a Deus e que esse amor pelo próximo seja difundido e que ele venha a crescer dia após dia, e que você que sabe que tem esse chamado de Deus possa se envolver mais e mais com esse Projeto.

É o amor é o evangélho de Cristo em forme de Arte!

“ Porque nós encontramos, vimos e ouvimos o Senhor e é uma alegria anunciá-lo.”

Faça o seu!



Despois que se entra para o mundo dos adultos, o caminho a nossa frente se desenrola num emaranhado de opções... Que profissão estudar, que futuro esperar de alguem tão limitado como nós.
Minha indagação tm sido, por anos, o que devo fazer da minha vida!
Tenho um extensa lista de cursos inacabados, de sonhos mal vivido e um trilhão de outros sonhos, ainda, inalcansados...
Por muito tempo esperei a vida que todos buscam; concluir o colegial, ingressar numa faculdade, se formar, tem uma linda namorada, solidar a profissão, ter um carro e uma bela casa, se casar, ter filhos etc etc.
Meu caminho, decididamente, tomo outros rumos...
Os vales por onde andei eram assolados, o chão era seco e meus pés partidos da caminhada me fizeram estagnar...
De repente a chuva caiu... e o solo ficou vívido... o que era deserto virou em verdes pastos!
O espinhos ainda existem, é bem verdade...
Mas ao londo dessa minha, iniciante, caminhada, ainda virão muitos percausos... mas uma estratégia ainda é pensada... chegar lá. E quando isso acontecer, sei q a meta será continuar, continuar e continuar... sempre!

Prólogo

“Um casal que sonhava em ter uma filha...
Por muito tempo ela tentou engravidar, mas não conseguia. Depois de quatro anos de casamento, e muitas tentativas, Iracema conseguiu o tão sonhado desejo; engravidou. Mas para surpresa desse casal, não era uma menina. – “Tudo bem, o amaremos com todas as nossas forças!” – disseram eles. Mas o desejo ainda existia, e assim foram tentando, até que a sonhada filha foi gerada em seu ventre. Os nove meses de espera pareciam uma eternidade diante da tão sonhada princesa. Mas como toda dor que decide aparecer sem pedir licença, a dor da perda sobreveio sobre eles, e com apenas quarenta dias de vida, Vivian, a princesinha da família veio a falecer. A dor era insuportável, ruía-os ate os ossos. Mas o desejo não fora arrancado dos seus corações esperançosos e permaneceram na tentativa.
Assim como as coisas que são difíceis de explicar, sua fertilidade vinha a cada dois anos e, quatro anos depois de seu primeiro filho, Sandro, o casal teve, então, o segundo homem da família Machado; José Eduardo. Agora parecia que a família estava completa, com o passar dos anos o desejo foi sendo suprido pelo dia a dia e as dores sanadas a cada amanhecer...
- Zé você não vai acreditar! – Disse ela com as mãos tremulas.
- O que foi? Aconteceu alguma coisa? – Ele nunca a vira naquele estado. Ela ficou ali parada em silencio, diante dele, os olhos fixos sem saber o que dizer.
- Zé depois de seis anos de espera, ela chegou Zé, ela chegou! – Ele insistia em não entender – Eu estou grávida Zé! – Ele permanecia imóvel. – Eu estava na dúvida, mas decidi fazer um exame de sangue e deu positivo, ainda continuei sem acreditar... venho insistindo comigo mesma, mas agora eu sei que estou e, sabe de uma coisa? É uma menina Zé, é uma menina!
Ele ficou parado, por um momento não se sabia se sua reação era boa ou ruim. Seus olhos estavam vidrados, distante de qualquer ação esperada de um sonhador que acaba de se realizar.
- E porque você não me contou antes? Desde quando você sabe que está... grávida?
- Na verdade já estou de 4 meses, eu não te contei pois temia decepcioná-lo. Mas agora é certeza Zé, ela chegou!
Os céus pareciam se abrir diante deles, e a divindade derramada sobre suas vidas. A cada dia que passava a barriga de Iracema crescia e o seu desejo em ter a sonhada princesa em seus braços era cada vez mais almejado por ela. José, o pai, parecia uma criança quando ganha um brinquedo novo. Sua alegria era contagiante. Dessa vez tudo daria certo...
Ouvir os primeiros berros, fez com que os olhos do pai, o mais novo paizão, brilhassem de alegria. E ali estava ela, frágil como o cristal, linda como um amanhecer ensolarado.
- Como ela vai se chamar Zé?
- Letícia, aquela que trás alegria.
Letícia era encantadora, tinha os olhos azuis, como um céu ensolarado sem nuvens, seu sorriso tinha uma alegria contagiante. Todos que a viam se surpreendia com a simpatia e alegria da pequena Letícia, aquela que trás alegria...
- Manhêêê corra aqui! A Lê vomitou! Corra mãe! – disse o pequeno Eduardo, que agora já tinha seus cinco anos de idade.
Essa foi uma cena que perdurou no coração de Iracema. A pequena Letícia estava ali, prostrada no chão, sua pele parecia tão alvas como a neve, seus belos olhos azuis estavam negros, consumidos pela pupila que dilatara e escondia o azul de seus olhos.
- O que houve minha filha? – O coração de Iracema disparava em batidas fulminantes em seu peito. O susto fora grande.
A menina não tinha forças nem para responder ao som da voz de sua mãe. Mais que depressa Iracema carregou Letícia em seus braços e foram para o pronto socorro.
Após uma longa avaliação, Dr. Valdemar, amigo de trabalho de Iracema e também um velho amigo da família constatou que aquilo tinha sido apenas uma virose causado por algum alimento estragado. A menina fora hidratada e passava bem, logo estava brincando, sorrindo como a boa e alegre Letícia de sempre.
A partir dessa data, a família Machado teve um período de acontecimentos inexplicáveis. O cachorro da família fica louco e bate sua própria cabeça num tronco de arvore ate morrer. Trabalhos de macumba são constantemente encontrados no terreno de sua humilde chacrinha. E a saúde de Letícia nunca mais foi a mesma.
Alguns meses depois, Iracema chega em casa aos prantos. As crianças ficam assustadas, Sandro que agora tinha quinze anos corre ate a vizinha para pedir ajuda.
- Meu Deus do céu Cema! O que aconteceu? – Pergunta Marina, vizinha e comadre.
- Grávida, eu estou grávida de novo comadre!
Apesar da surpresa, Marina foi tomada por um alívio que percorria todo seu corpo duro de tensão.
- Minha amiga, mas isso é motivo de alegria, uma criança é sempre alegria pra dentro de casa.
- Você sabe que eu e o Zé não estamos bem, nossa vida ta um caos. A Letícia vive doente, eu trabalho feito uma louca, o Zé também. Nunca vemos a cor do dinheiro... Como poderemos ter mais um filho?!
Iracema não conseguiu conter as lágrimas, Marina passou horas conversando com sua comadre, consolando-a na tentativa frustrada de animá-la.
- O que aconteceu Cema? Você está com uma cara péssima, andou chorando? – Disse José assustado ao entrar em casa no comecinho da noite e ver que as luzes da casa estavam apagadas, as crianças largadas em frente a televisão ainda sem banho, nem jantar. – Tudo bem Marina? Aconteceu algo?
- Tudo bem compadre. Creio que você e a Cema precisam conversar... não se preocupe, eu vou legar as crianças comigo, elas jantam la em casa.
- Obrigado comadre, mas não precisa, eu tenho que dar banho na Lê, ela tava com febre... Vou ver como ela está. – Disse Iracema na intenção de se esquivar das indagações de seu marido.
Jose continuou ali parado, confuso. Marina rapidamente se despediu de sua comadre com um forte abraço e saiu. Jose, como todas as noites, deitou-se no sofá assistindo ao Jornal.
Depois que todos jantaram, as crianças já limpas e prontas pra dormir Iracema foi ate la fora, ascendeu um cigarro, como fazia todas as noites depois do jantar, e ficou ali por alguns instantes.
- Quer conversar agora? – Sem que Iracema percebesse Jose colocara uma cadeira ao seu lado e estava ali, parado, esperando uma resposta dela.
- Estou grávida de cinco semanas! – Disse ela num tom seco sem nem ao menos olhar pra Jose.
O Silencia foi perturbador para ambos, mas nenhum deles tomara a decisão de dizer algo.
- Você sabe que será muito difícil. – Disse ele.
- O que você quer dizer com isso? Quer que eu aborte?!
- Não! Disse que será difícil!
- Ah, e isso é tudo o que você tem pra me dizer?! – Disse Iracema num tom frenético, parecia que iria explodir.
- E você quer que eu fale o que? Parabéns? – Seu tom de voz saia por entre os dentes, seus olhos negros fuzilavam os olhos azuis de Iracema. – Toda a vida você se preveniu, sempre disse que não queria mais filhos, agora diz que eu tenho que dizer algo? Você quer que eu te diga pra fazer um aborto, é isso?
Num salto de raiva Iracema se colocou bem a frente de seu marido. Ela parecia uma leoa raivosa defendendo suas crias. E com as mãos bem abertas deu um tapa na cara de Jose que ecoou na área da casa. Antes mesmo que seus sentidos pudessem esperar uma reação alheia, Jose se levantou em resmungos de raiva, mais que depressa entrou e saiu com as chaves do carro na mão. Iracema, agora sob seu alto-controle se atirou na frente do carro. Os seu gritos de “Não faça isso!” acordou o filho mais velho que aos berros chamava pelo pai. Mas não adiantou, numa arrancada abrupta Jose saiu com seu carro deixando sua esposa e filho ali, parados.

Era por volta das nove horas da noite quando as contrações se tornaram mais insuportáveis.
- Sandro, corra chamar o pai, a mamãe não ta bem. – Iracema sempre se empunhava da obrigação de ser forte, a “muralha inabalável” da família.
Sandro, correu, subiu duas ruas, havia um trecho escuro que lhe dava cala frio, mas sabia que sua missão custaria o bem estar de sua mãe e o nascimento de seu irmãozinho. Na tentativa de se distrair ele procurou pensar em como seu mais novo irmão seria, conseguiu imaginar os bracinhos, a carinha de joelho e o choro mirrado durante as noites. De repente foi consumido por um sentimento de posse, uma vez que seu quarto estaria ameaçado com a chegada do novo membro da família. E quando se notou, estava em frente ao Bar do Cido.
- Pai, a mãe está passando mal, corre la em casa. – disse ele com uma voz calminha, digna de uma criança despreocupada dos problemas que só adultos têm.
- A mãe ta sozinha em casa San?
- Ta com o Du.
- Espere, o pai ta indo.
Iracema já estava pronta, a mala azul de bolinhas brancas que fora um presente de sua primeira gestação estava sobre seus braços. Ela respirava calmamente, mas sua expressão era de total abandono.
Trinta de novembro de mil novecentos e oitenta e seis, vinte e três horas e quarenta e quatro minutos, o som do choro mirrado quebra o silencio dos corredores.
- Parabéns mamãe! Como ele vai se chamar?
- Carlos Alberto Machado, doutor...”
 


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